Atuação Política significa atuar politicamente junto aos organismos sociais, tais como Conselhos Tutelares, Fóruns, Órgãos policiais e de políticas públicas, como o COMAD, o SENAD, enfim todos os órgãos que têm por propósito defender uma política anti-drogas que seja eficaz, prática e que gere vida.
Sem nos atermos simplesmente ao dependente químico, precisamos entender o funcionamento do mercado de drogas. A grandiosidade do movimento que gira em torno das drogas é uma fábula! Observe o funcionamento de uma empresa qualquer e compare: Há aquele que planta, o que colhe, o que industrializa, o que comercializa e ainda tem aquele que distribui a mercadoria. Há também, a comissão, o tráfico de armas, a violência e, por fim, a morte.
Só para que tenhamos uma idéia, o mercado das drogas movimentou no ano de 2000 cerca de 400 bilhões de dólares. Esse montante seria suficiente para matar a fome de milhões de brasileiros, tornar os sistemas de habitação, saúde e educação um dos melhores do mundo e ainda sobraria. O tráfico de drogas é um problema muito sério e precisamos enfrentar esse problema de frente!
Quando se fala em Política, pensamos logo em política partidária, exercida pelo Governo Federal, Estadual ou Municipal e, aí, desanimamos, no acomodamos. Para que isso não aconteça, é necessário que pensemos em fazer o que está ao nosso alcance. Vamos pensar na nossa cidadezinha, no nosso bairrinho, naquela praça que não tem bancos nem iluminação. Devemos pedir mais segurança, não aceitar passivamente todas as situações, participar, reivindicar o que é direito nosso.
Na escola, por exemplo, você deve fazer parte da Associação de Pais e Mestres e promover ações concretas para a melhoria da qualidade de ensino do seu filho. Reivindicar, por exemplo, as quadras de esportes das escolas próximas de sua casa para promover recreações, cidadania, valores éticos e morais e programas educativos nos finais de semana. É uma boa iniciativa, tem dado certo em vários lugares. Participar ativamente da escola do seu filho faz com que ele veja nela a extensão do seu lar. Viver em família é viver em solidariedade. A Escola não pode e não deve ser o único responsável pela educação das crianças e dos jovens.
Só para termos uma idéia do quanto é significativo fazermos a nossa parte, vejamos: Se cada paróquia conseguisse recuperar 10 dependentes químicos, nós teríamos no mínimo 80.000 pessoas livres das drogas. Fazer alguma coisa é melhor do que não fazer nada. Invente, tente, faça algo diferente!
São Paulo nos diz que onde o pecado for abundante, muito maior será a graça divina, portanto, com certeza, somos maiores, só precisamos nos unir e nos articular contra o mal.
Tanto a escola quanto a comunidade paroquial, como sinal da presença do Bom Samaritano e Bom Pastor, devem estar sempre atentas às diversas necessidades e formas de pobreza em sua própria comunidade, e uma forma de pobreza é a drogadição. Às paróquias não basta distribuir cestas básicas ou brinquedos no Natal, ser assistencialista pura e simplesmente. É necessário que, em paralelo, junto com seus paroquianos – assistentes sociais, professores, médicos, atletas, psicólogos, catequistas, advogados, enfim, todos os segmentos sociais – fazer trabalhos comunitários voltados para a cidadania. Um dos mais importantes trabalhos seria o de base. Antes do nascimento, acompanhamento às mães e, logo após nascer, a criança teria assistência; depois da licença-maternidade, essas mães teriam creches para seus filhos enquanto trabalham.
Aos pais, mães e até mesmo ao jovem que está sem perspectiva de futuro, alvos fáceis para as drogas, que sejam oferecidos cursos profissionalizantes, formando-se cooperativas com oficinas de costura, cursos de cabeleireiro, costureira, pedreiro, marcenaria, carpintaria, etc, nos espaços públicos já existentes, com a ajuda do poder público. Associações de moradores, escola, família e Igreja, toda a sociedade deve se unir pelo bem comum, se quisermos mesmo mudar o quadro de violência que se instalou no nosso país.
Todo esse trabalho, porém, não é nada se não Evangelizarmos, apresentarmos Jesus às crianças ainda no colo. Prevenir, para que a criança não entre nas drogas e ao mesmo tempo dar valores cristãos aos pais, vai gerar o cidadão completo de amanhã, sob os ensinamentos e o querer de Deus.
Dentro do possível, que sejam organizadas Casas de Acolhida, Comunidades Terapêuticas e Grupos de Mútua-Ajuda, que se dê apoio aos ambulatórios existentes, para que prestem ajuda aos dependentes, pois eles precisam ser resgatados. Criar ajuda social necessária para amparar a pessoa no difícil caminho do retorno do mundo das drogas.
Uma importante colaboração por parte da Paróquia, consiste, não apenas na disponibilização de um local para as reuniões dos grupos de ajuda da Pastoral da Sobriedade, como também e tão importante quanto, conduzir seus paroquianos assistidos pelos movimentos sociais como, por exemplo, Vicentinos, a esses grupos. Em geral, o sacerdote é quem melhor conhece seus paroquianos e seus problemas emocionais. Afinal, a Pastoral da Sobriedade está aqui para acolher, amar e, principalmente evangelizar, através da presença de Jesus-Libertador.
Palavras do Papa João Paulo II: “Por isso, às famílias tocadas pela provação, quero dizer: Não se desesperem! Ao contrário, rezem comigo para que se multipliquem esses bons samaritanos que atuam na estrutura pública... que se forme assim uma frente compacta que se empenhe sempre mais, não só na Prevenção e na Recuperação dos toxicodependentes, como também em denunciar e perseguir legalmente os traficantes da morte e em desbaratar as redes de desagregação moral e social”.
Parabéns!
ResponderExcluirSeja muito bem-vinda.
Oi Cris!
ResponderExcluirSou da Pastoral de Araçatuba/SP
Conheça nosso blog pastoraldasobriedadearacatuba.blogspot.com/
Bjus